Egoísmo ou amor-próprio?

 
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As mulheres são conhecidas não só pelo seu papel cuidador, mas também por serem capazes de fazer várias coisas ao mesmo tempo. Portanto, não é surpresa nenhuma que acumulem papeís - mulher, esposa, mãe, filha, amiga, trabalhadora, cozinheira, empregada doméstica, motorista, costureira, explicadora. 

E a maior parte das mulheres até consegue gerir tudo isto, mais ou menos bem, a maior parte do tempo. Até um dia. Até começar a não ter energia, vontade ou paciência para continuar nesse ritmo.

“Mas eu não tenho tempo para pensar em mim!” é das frases que mais ouço. E eu pergunto, como pode dar aquilo que não tem?

Cuidar de si não é um ato de egoísmo, mas sim de amor-próprio.

Porque quando cuida de si, carrega as suas baterias. E de baterias carregadas consegue fazer muito mais (e com muito mais ânimo) do que se viver no limite inferior da sua energia.

Pare um pouco e pergunte-se a si mesma - do que precisa para se sentir melhor? Será de uma tarde a ver um filme no sofá, uma sessão de cinema com as amigas ou de um jantar a dois? Ou será de umas sessões de acupuntura, de uma boa massagem ou de psicoterapia?

Às vezes, arranjar um tempinho para fazer aquilo que lhe dá prazer é suficiente. Outras vezes já é preciso procurar alguém que a ajude a recuperar o ânimo e o bem-estar.
 

Imagem | Marisa Martins Fotografia

Filipa Ribeiro