Filipa Ribeiro

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Quanto vale a sua saúde?

A saúde é o nosso bem mais precioso. Sem ela não há dinheiro, emprego, carro ou viagem que valha a pena. Quantos doentes não dizem que dariam tudo o que têm para recuperar a saúde?

Mas mesmo assim damos a saúde como garantida. Achamos que o corpo é de borracha e que lhe podemos fazer tudo sem grandes consequências. Convencemo-nos que as dores de cabeça são normais quando se trabalha muito tempo ao computador, que o inverno é sinónimo de constipações e que o cancro só aparece nos outros.

Em boa verdade achamos que somos super-humanos e que o facto de não nos preocuparmos com a alimentação, o descanso ou o exercício físico não tem qualquer problema. Pensamos que quando adoecermos qualquer comprimido receitado pelo médico resolve rapidamente a situação. Mas nem sempre funciona assim.

No ocidente não somos educados para a prevenção. Vamos ao médico quando já estamos doentes (por vezes já há demasiado tempo). E quando o susto é sério é que pomos em perspectiva o valor da saúde. Porque é quando a saúde falha que nos apercebemos da nossa própria fragilidade e do impacto que isso pode ter nas pessoas que nos rodeiam. É nessa altura que valorizamos coisas simples que damos como garantidas como poder andar de bicicleta com os filhos ou pegar nos netos ao colo sem ter dores.

Os orientais dizem que “devemos cavar o poço antes de ter sede”, ou seja, devemos prevenir a doença em vez de apenas tratá-la. Aquilo que fazemos ao corpo tem consequências. Boas ou más, depende de nós e dos hábitos que adoptamos.